03 dezembro 2006

"A saudade quando bate abate, maltrata o coração."

Na verdade, este post não tinha assunto, por assim dizer, até ser concluído (o que fiz à antiga: papel e caneta bic). Porque aconteceu que há tempos eu não parava diante do papel em branco pra tentar me organizar e, como me lembraram que é bom (cientificamente!), resolvi tentar. Aí percebi que todas as coisas estavam pra ser ditas, mas não sou ambidestra e só fiz o que pude, que foi sentir saudades de várias pessoas e de formas variadas!

Percebi que tô com saudades de quem tá longe (oi, Greg!), de quem devia estar perto, de quem ainda não foi, mas vai. E essa certeza já é suficientemente doída, porque sentir saudade de uma mão que está encostada na sua e de um cheiro bom que a brisa te obriga a não ignorar - porque ainda está ali do seu lado - é FO-DA!

Fiquei com saudades de um monte de coisas que já nem são e de um monte de pessoas sumidas. Pessoas que nem sabem que estão sendo lembradas... Fiquei com saudades do Rafilho, cujo cangotinho eu nem posso cheirar antes de dormir, que não tá aqui pra eu ver se tá coberto, pra eu não poder acender a luz do quarto, pra eu acordar com a tosse dele e já me preparar pra levantar (à toa)... Aí morro de saudade de ouví-lo me chamar de madrugada com aquela voz de anjinho dengoso... Aí fico toda estranha, falta alguma coisa...

Aí morrendo de saudades dele fiquei um pouco triste. E com sono. E parei aqui. Mas achei que seria bom dizer esse pouco pras pessoas que me fazem falta saberem, porque nem sempre há tempo de ligar e, no fundo, nem sempre há o que dizer...

29 outubro 2006

Porque é sempre bom dizer pra ter certeza...

Those who don't know this song HAVE TO listen to it at least once. The rhythm's just as cool as saying it out loud and really mean it. But I find it kind of hard to sing this one. hehe

Manu Chao - Je Ne T'aime Plus
Je ne t'aime plus
Mon amour
Je ne t'aime plus
Tous les jours
Parfois j'aimerais mourir
Tellement j'ai voulu croire
Parfois j'aimerais mourir
Pour ne plus rien avoir
Parfois j'aimerais mourir
Pour plus jamais te voir
Je ne t'aime plus
Mon amour
Je ne t'aime plus
Tous les jours
Parfois j'aimerais mourir
Tellement Y'a plus d'espoir
Parfois j'aimerais mourir
Pour plus jamais te revoir
Parfois j'aimeris mourir
Pour ne plus rien savoir
Je ne t'aime plus
Mon amour
Je ne t'aime plus
Tous les jours...

20 outubro 2006

Fui atropelada!

Por um carro e um monte de contraditórios sentimentos... Por um seco na garganta e um monte de perguntas sem respostas... Por uma vontade de saber o bendito porquê de tantas coisas que não se me querem responder. Fui ficando confusa, descrente, perdida (ainda que na portaria da FEA), querendo não ser o foco das atenções e sendo. Mandei o atropelador embora, disse pro segurança que estava bem, mas ele não acreditou porque eu não sei mentir direito. Achei que não ia rolar explicar que a dor maior não era no joelho nem na perna nem no pé que ele viu dobrado embaixo da bicicleta. Agradeci e fui embora, quase o deixando falar sozinho...
Fui andando mancamente e pensando, em suma, no por quê de ter ido até ali se minha casa é pro outro lado. Pensando que Rafa devia estar me esperando pra dormir e, segundo me relataram depois, de fato estava, mas foi vencido pelo cansaço. Fui pensando no valor que as coisas e as pessoas têm e acabei desesperada com a conclusão de que as pessoas têm o valor que se deixam dar, mais do que aquele que se dão (e que seria o máximo do senso comum da auto-ajuda). Aí passei de cansada e envergonhada e perdida a puta da vida comigo mesma! Imbecil total! Tentei acreditar que amizades fazem tudo valer a pena, mas descobri que eu não sei direito o que é amizade. Esse papo de que a porra toda é baseada em sinceridade, troca, compreensão... bullshit!!! Eu canso de ser compreensiva e sincera e tento ajudar, mas parece que tô sempre atrasada (eu devia saber que, apesar de mais velozes que as pernas, as bicicletas não são tão rápidas assim...)
Enfim, tô toda revirada, cheia de feridas cotucadas, doída por dentro, com um ralado no pé e um roxo no joelho, pois fui, hoje, atropelada.

14 outubro 2006

Novas Amizades!


Sempre benvindas! São assim, pra mim, as novas amizades, então achei que valia muito a pena deixar aqui esse bilhetinho pra dizer pra todo mundo que eu ADORO essas duas estranhas com quem tenho (ainda bem) andado muito ultimamente.
Somos a Fau, eu e a Mari (nesta ordem), lá no Cafezal, comemorando a defesa de mestrado do Wil, de quem (pasmem!) não tenho uma foto... Mas, assim que arranjá-la, coloco aqui também, que ele é um cara MUITO bacana que, felizmente, também foi categorizado por mim como uma nova e adorável amizade!
Do lado de cá está o doido que resolveu apresentar a gente... que idéia... hahaha Eui, apesar de estar com essa cara, não estava chapada não, viu? Foi só uma infelicidade do momento. hehe

03 outubro 2006

I've a got a feeling, a feeling deep inside...

São raros os meus dias que não se encerram me deixando vários pensamentos e, com eles, várias músicas na cabeça, mas hoje me veio uma música que há tempos não me dizia nada... Quer dizer, eu sempre gostei dela e do que ela diz, mas ela nunca mais tinha vindo martelar na minha cabeça. Aí resolvi tentar mandar embora por aqui, já que não quero achar que ela esteja mesmo querendo me dizer alguma coisa. Pra ajudar, não sei a letra toda, então vou justamente colocar a parte que não me larga.

You're running and you're running and you're running away
You're running and you're running and you're running away
You're running and you're running but you can't run away from yourself

(acho tão mais enfático escrever as três vezes que dizer, simplesmente, "3x"... aí sim dá pra passar a aflição de estar tentando, tentando e não conseguir)

You must have done something wrong
Said you must have done something wrong
Why you can't find the place where you belong?

Já vou aproveitar pra, junto com esta aqui, colocar um trechinho de uma música que acompanhou minha tarde depois de uma notícia triste (mais triste pra mim que pro "noticiador", mas...)

There's a place for the baby who dies
And there's a time for the mother who cries
And she will hold him in her arms some time
Cause nine months is too long, too long, too long...

And I kept thinking, será que só nove meses são longos assim, será que cinco não são significantes? Nem três, nem dois? Será que todos nós não tivemos que começar sendo um cisco, um grãozinho, um nadinha? Claro que tivemos! E isso não torna importante todo começo? Todo dia, todo minuto?
Será que está na hora de eu dar menos crédito pra essa bendita raça humana ou será que eu continuo acreditando que vale a pena plantar, regar, podar pra colher um dia, pra meu filho colher um dia ou pros filhos do meu filho, contanto que chegue, enfim, o dia em que as pessoas se verão como iguais, pequenos e grandes, pretos ou não, jovens ou não, com ou sem cabelos (seja de que cor forem), brincos, tatuagens, mãos e braços.
Será que ainda faz sentido escrever cartas à mão, ou ainda, esperar receber respostas também assim redigidas? Acho que não, mas quero mesmo achar que não sei, que não tem resposta, que muitas pessoas ainda valem a pena e que estão, todas elas, bem junto de mim! Mas não sei...

02 outubro 2006

Cinema!!!


O Rafofíssimo foi ao cinema pela primeiríssima vez! Sábado, super bem acompanhado por Mari Lyra, Fau e, claro, eu. Fomos ver Lucas: um intruso no formigueiro (ou qualquer outro nome que tenha Lucas e formigueiro). Achei que seria seguro distrair a criança com algo mais, por assim dizer, concreto que apenas a tela, então comprei batatas, que ele adora. Olhem o rasultado: nem tinha começado o filme ainda e ele já estava assim, todo entretido! Gracinha...

Claro que ele não conseguiu ficar até o finalzinho mesmo, mas ficou pouco mais de uma hora na sala. Quando acabaram as batatas e os M&Ms, tanto os de chocolate quanto os de amendoim, ele resolveu que era hora de levantar, virar de costas, ir pra fileira da frente e tudo o mais... Com isso, mamãe resolveu que era hora de sair da sala.

28 setembro 2006

Do Ano Bissexto

Bom, que bissexto traz a idéia de duas vezes sexto muita gente já deve ter percebido, mas que sexto é esse? Eu mesma sempre quis saber e outro dia Paulus Sergius nos contou. Como eu achei o Max-imo (apenas uma homenagem fora de contexto) ter a resposta para essa pergunta, saí falando prumas pessoas. Como elas não tivessem demonstrado grande descaso e, até, interesse, achei que seria bacana da minha parte dividir o conhecimento com quem quisesse. Enfim, vou tentar explicar em poucas palavras.

Os Romanos tinham três dias "nomeados", que eram as Calendas (dia 1), as Nonas (dia 5 - ou7 nos meses de março, maio, julho e outubro) e os Idos (dia 13 - 15 nos já citados meses). Os outros eram contados com base nesses; algo como "x dias antes das/os Calendas/Nonas/Idos de tal mês". Bom, sabendo disso, fica fácil adivinhar que o "sexto" é o sexto dia antes de alguma coisa, mas porquê é justamento o sexto e não o quinto ou sétimo... isso eu não consegui descobrir e, ao que parece, se alguém sabe, guardou pra si!

O importante é que, pra dar conta daqueles minutinhos que vão sobrando, surgiu um segundo sexto dia antes das Calendas de março e, por isso, bissexto. Tá, eu posso não ser a melhor explicadora virtual, mas tentei. Ab imo pectore.

27 setembro 2006

Aprendi hoje

Como eu ainda tenho minha queda pelo latim, apesar das diversas decepções, resolvi enfeitar o mundo com o poeminha que eu aprendi hoje, que é lindo (a depender do momento, da pessoa, das outras pessoas e coisa e tal). Aí vai:

Odi et amo. Quare id faciam fortasse requiris. Nescio. Sed fieri sentio et excrucior.
Odeio e amo. Talvez perguntes por que faço isso. Não sei. Mas sinto acontecer e me torturo.

Eu acho o início meio exagerado, claro, mas, depois de "Nescio.", assim tão objetivo, tão sharp, com ponto final, completo em si mesmo, começo e fim de frase... Enfim, é como um desabafo, uma expressão da ignorância no sentido mais primitivo, que me toca por, provavelmente, eu me sentir assim tantas vezes, dividida que fico entre meu lado racional e toda a análise que costumo fazer de mim mesma, e o que de fato estou sentindo e não quero, lógico, não entender. Por fim, me encontro na mesma situação: fieri sentio et excrucior.

16 setembro 2006

sister golden hair

Sempre gostei muito dessa música (pensando super conhecê-la), aí o Mike, que é meu padastro, me mandou umas músicas gravadas e, entre elas, lá estava essa. Claro que não notei de cara porque não sabia o nome... De qualquer forma, resolvi, depois de tê-la ouvido e talz, que queria a letra - e consegui! Acontece que a letra que eu consegui não tem muito a ver com as partes da letra que eu achei que sabia, de uma regravação. Gostei desta que apresento, apesar do teor que conferi a essa letra, mas não consigo achar a outra. Já me disseram que foi a Cher quem regravou, mas algo me diz que essa informação está equivocada... hehe Se alguém souber, me fala...

Well, I tried to make it Sunday
But I got so damn depressed
Then I set my sights on Monday
And I got myself undressed
I ain't ready for the altar
But I do agree there's times
When a woman sure can be a friend of mine

Well, I keep on thinkin' 'bout you
Sister Golden Hair surprise
And I just can't live without you
Can't you see it in my eyes?
I've been one poor correspondent
And I've been too, too hard to find
But it doesn't mean you've ain't been on my mind

Will you meet me in the middle?
Will you meet me in the air?
Will you love me just a little?
Just the enough to show you care?

Well, I tried to fake it
I don't mind saying
I just can't make it.

nem preciso dizer em homenagem a quem deixei aqueles versinhos em negrito, né? hehe

11 setembro 2006

sobre mamãe

Mamãe, pra quem não sabe, é cidadã canadense, mas esteve aqui em minha casa ainda hoje. Sim, aqui em Barão. E me ocorreu que, em quatro meses que estou morando aqui, a única pessoa da família sangüínea que veio me ver foi justamente ela, que mora na Conchinchina (se é que se escreve isso assim).
Embora tenhamos tidos momentos tensos na última visita dela (quando eu ainda morava em Vinhedo), o que, confesso, deixou-me bem apreensiva em relação a esta visita de hoje, as coisas por aqui caminharam muito bem. Acho que ela aprendeu que está na hora de fazer papel de vó, muito mais do que de mãe, afinal ela já tem três netos, apesar da sua pouca idade. hehe
Não só comemos um stroggnoff de frango maravilhoso, feito pela Pri e eu, como conversamos sobre amenidades, como se fosse um domingo comum - e isso muito me agrada! Preciso dizer que Rafa também se mostrou feliz com a visita. Primeiramente, porque ele é doido pelo Cacau (meu sobrinho de quase cinco anos) e, depois, porque se deu muito bem com minha mãe, quem o conhecera ainda com dois meses de idade. Quando ela se sentou no carro pra ir embora, esse fofinho começou a chorar chamando "vovó" (não preciso dizer que ela se derreteu, né?).
Bom, pras pessoas que acompanharam minha tensão pré-visita, acho que vai ser bom saber que fiquei, no fundo, contente! Ah! Assim que ela me mandar as fotos que tirou, postarei uma do nosso almoço.

08 setembro 2006

Das coisas que nos mantêm de pé


Não podia deixar de fazer essa homenagem às meninas tão lindas com quem moro. Eu nunca duvidei de que tivesse, aqui na minha própria casa, meia dúzia de ombros amigos (na verdade verdadeira, oito, mas é melhor não contar esses outros dois que a noiva deles pode se incomodar hehe), mas nunca me senti tão bem reconfortada, por todos eles ao mesmo tempo, quanto na última quarta-feira. Nem vem ao caso dizer o que me levou à crise de choro e stress e desabafo, porque isso é o ruim da história, mas vale a pena dizer que estavam todas aqui (Débora, Larissa e Maíra - ordem alfabética pra não dar briga) pra me apoiar e dizer que o resto do mundo tá todo errado! hehe
Enfim, seja por momentos críticos como esse, seja por momentos já cotidianos (como colocar o Rafofíssimo pra nanar toda noite carinhosamente), só tenho a agradecer! A vocês e a quem as colocou no meu caminhho em momentos diferentes, mas igualmente oportunos! Amo vocês de verdade!
Não consegui achar uma foto mais descontraída, mas... Estão aí (da esquerda para a direita): Débs, eu, Rafilho, Má, Rô (as duas formandas - e entre elas aqueles dois ombros de que falei) e, finalmente, a Lau.

07 setembro 2006



Bom, na verdade a foto devia ter saído antes, eu é que sou desorganizada... Mas ela é importante porque é uma das poucas em que nem eu nem Rafofo estamos muito "tortos", nem olhando cada um pra um lado, nem fazendo caretas estranhas... E também porque ele vai, certamente, ser bem mais citado que eu mesma, fazendo-se indispensável nesta apresentação primeira.

explicações primeiras

Achei que seria bacana da minha parte dar uma explicação sobre esse título latino, antes de qualquer outra coisa. Claro que está em latim porque eu gosto de latim e venho estudando isso, não tão incansavelmente quanto de início, é fato, mas enfim, é como é. O que importa é a tradução de ab imo pectore (do fundo do peito), que traduz exatamente o meu propósito. Eu sou ótima de falar asneiras e ficar remoendo outras coisas. Resolvi parar com isso e dizer as coisas que realmente devem sair daqui. Com isso, um outro sentido da frase acaba vindo à tona: pode evidenciar também o aspecto "patético" de uma mensagem dolorosa e, evidentemente, a gente acaba sendo patético vez ou outra. Bom, não sei se vou conseguir tudo isso, mas é um outro capítulo... Acho que, por ora, é isso...