03 dezembro 2006

"A saudade quando bate abate, maltrata o coração."

Na verdade, este post não tinha assunto, por assim dizer, até ser concluído (o que fiz à antiga: papel e caneta bic). Porque aconteceu que há tempos eu não parava diante do papel em branco pra tentar me organizar e, como me lembraram que é bom (cientificamente!), resolvi tentar. Aí percebi que todas as coisas estavam pra ser ditas, mas não sou ambidestra e só fiz o que pude, que foi sentir saudades de várias pessoas e de formas variadas!

Percebi que tô com saudades de quem tá longe (oi, Greg!), de quem devia estar perto, de quem ainda não foi, mas vai. E essa certeza já é suficientemente doída, porque sentir saudade de uma mão que está encostada na sua e de um cheiro bom que a brisa te obriga a não ignorar - porque ainda está ali do seu lado - é FO-DA!

Fiquei com saudades de um monte de coisas que já nem são e de um monte de pessoas sumidas. Pessoas que nem sabem que estão sendo lembradas... Fiquei com saudades do Rafilho, cujo cangotinho eu nem posso cheirar antes de dormir, que não tá aqui pra eu ver se tá coberto, pra eu não poder acender a luz do quarto, pra eu acordar com a tosse dele e já me preparar pra levantar (à toa)... Aí morro de saudade de ouví-lo me chamar de madrugada com aquela voz de anjinho dengoso... Aí fico toda estranha, falta alguma coisa...

Aí morrendo de saudades dele fiquei um pouco triste. E com sono. E parei aqui. Mas achei que seria bom dizer esse pouco pras pessoas que me fazem falta saberem, porque nem sempre há tempo de ligar e, no fundo, nem sempre há o que dizer...