31 maio 2008

maybe this is just another song...

Many people I know say they gave up posting on their blogs because they'd only go for lyrics. I know repeating is way different from creating, but sometimes we run out of words and we bump into a song saying exactly what we want to say; other times, it's not exactly what we want to say but it is a good way to mask the message (and hopefully the right person will get it). Well, anyways...

Torn - Natalie Imbruglia

I thought I saw a man brought to life
He was warm, he came around like he was dignified
He showed me what it was to cry
Well you couldn't be that man that I adored
You don't seem to know, seem to care, what your heart is for
But I don't know him anymore
There's nothing where he used to lie
My conversation has run dry
That's what's going on
Nothing's fine, I'm torn

Chorus:
I'm all out of faith
This is how I feel
I'm cold and I am shamed, lying naked on the floor
Illusion never changed
Into something real
I'm wide awake and I can see the perfect sky is torn
You're a little late
I'm already torn...

So I guess the fortune teller's right
I should've seen just what was there and not some holy light
But you crawled beneathe my veins and now
I don't care, I have no luck
I don't miss it all that much
There's just so many things
That I can touch, I'm torn

Repeat Chorus

Torn...
There's nothing where he used to lie
My inspiration has run dry
That's what's going on
Nothing's right, I'm torn

Repeat Chorus

I'm all out of faith
This is how I feel
I'm cold and I'm ashamed, bound and broken on the floor
You're a little late
I'm already torn
Torn...

29 maio 2008

gelatina ou pavê de sonho de valsa?

"Gelatina? Pavê de sonho de valsa, claaaaro!"

Eu começo a achar que não é nada disso. Porque querer gelatina parece sem graça, mas tá ali, na geladeira, acessível. E pra conseguir o pavê? Não é em qualquer mercado, padaria ou mesmo doceria que se acha um pavê de sonho de valsa decente! É um custo achar um bom! Tem que estar com a cara boa, tem que ter sido feito no dia, ninguém quer bombom murcho no pavê, porque pavê é chique em si, tem que ser exigente, tem que estar de acordo.

Não dá pra negar que, uma vez achando o pavê ideal, o prazer que se tem com ele é incomparável ao prazer simples da gelatina. Mas também não dá pra não sentir-se empapuçado com o pavê. O troço é doce demais, enjoa, depois de um pedaço e meio a gente quer mais é passar o semestre sem nem olhar prum pavê do tipo. O que não acontece de forma nenhuma com a gelatina. Uma gelatina toda manhã é um prazerzinho diário valorável (talvez eu tenha inventado esta palavra), dispensável, sim, meio sem atrativos, aos poucos pode perder um pouco da graça.

A verdade é que, com ou sem graça, é a gelatina que tá ali, na geladeira, acessível. O pavê, humpf, o pavê é um puto que se acha muito gostoso porque faz a gente rodar os supermercados, padarias e docerias atrás dele. Quando a gente acaba de comer, por mais gostoso que tenha sido, já vê logo que não vale tanto assim a via crucis. E é por isso que eu digo, let's keep it simple, you know? Bora comer uma gelatina?

16 maio 2008

"And who the cap fit, let them wear it"

"Man to man is so unjust
Children, they don't know who to trust
Your worst enemy could be your best friend
And your best friend, your worst enemy
(...)
Only your friend knows your secret
So only he could reveal it
And who the cap fit, let them wear it"
(Bob Marley)


Esse mundo é uma caixinha de surpresas pra mim e eu fico sempre me perguntando quão burro é confiar. Sempre tem aquelas pessoas em quem a gente acredita poder confiar meio que por achar que a pessoa tem a consideração de perceber que a gente confia e, portanto, não vai fazer sacanagem nenhuma, né? Mas, nas verdade, me parece que a gente confia já contando com a consideração do outro, mas ela vem (viria) da confiança e aí está a falha porque se uma depende da outra nenhuma vem primeiro.

Enfim, aconteceu de eu me tocar que três das coisas mais sérias da minha vida (não necessariamente positivas, vejam bem) aconteceram """"""""""contra a minha vontade"""""""""", mas porque eu confiei (nas pessoas erradas, evidentemente). E é aí que a burrice entra com os dois pés no peito de uma cidadã (burra) como eu! Quem mandou eu confiar?! Eu parti da consideração que ainda dependia da minha confiança pra existir e foi assim que aconteceu. Não é burro mesmo? Não dá uma certa raivinha ter vontade de nunca mais confiar em alguém e saber, burramente, que vai cedo ou tarde acabar confiando?

Sei lá, eu agora tô com aquela sensação péssima de quando você conta um segredo muito segredoso pra alguém e a pessoa idiota repassa bem pra quem não podia! Aí você fica buscando alguma boa explicação pra ter contado aquilo pr'aquela pessoa. Meio se sentindo traída pela pessoa, meio pela própria (no sentido possessivo) inteligência.

09 maio 2008

então... eu não sei fazer assim...

Quando eu estou muito confusa com todas as coisas (porque as coisas todas só aparecem assim, todas), a Mazu fica um tempão me fazendo pensar como gente grande, sabe? Só que eu não sei pensar assim... E eu não ouço quieta e fazendo que sim, não, eu retruco, boquejo. E, às vezes, ela até perde a paciência.

E quando ela desiste, ou quando já não há mesmo o que dizer, eu ainda fico pensando, tentando me convencer daquilo tudo e voltando a me convencer do que eu mesma achava. E aí tento achar o meio-termo. Toda vez eu tento, toda vez eu re-descubro que não existe. Porque eu não sei ser assim.

Eu fico muito lutando contra essa minha natureza, porque eu falo tudo o que me vem à cabeça, mas só quando não pode. Quando tenho que dizer umas tantas coisas, calo. E até me escondo, se puder. Porque acontece que eu não sei não meter os pés pelas mãos.

E se eu faço a coisa certa (?) num momento, no outro já estou fazendo o que ia fazer antes e, pior, faço junto com um pedido de desculpas. Porque, afinal, eu acabei achando errado fazer o que fiz e, se estava errado, de certo não foi legal pro outro. E desculpa é sempre uma coisa que vem tarde, mas vem bem. Porque eu não sei não me sentir bem com o que fiz e não pedir desculpas; e eu bem queria que as pessoas soubessem fazer isso também. Porque as pessoas, muitas vezes, não sabem fazer assim.

Daí que, depois de muita luta, eu fui me descobrindo com as minhas limitações. Porque existem certas coisas que eu simplesmente não sei. Eu não sei desgostar de quem eu gosto porque quem eu gosto mete os pés pelas mãos como eu. Pelo contrário, eu sei entender que, certas coisas, quem não sabe fazer é o outro. Porque eu não sou a única doida desse mundão.

Eu não sei fingir que é o que não é e fingir que não é o que é. Porque seria maravilhoso se as coisas que não são fossem e as que são não fossem. Mas se tudo fosse o que não é, não seria o que é e, aí, seria o quê? Que pode parecer confuso pensar assim, mas pra mim não é porque é assim que eu sei pensar e é por isso que muita gente não me entende. Talvez, mesmo, seja por esse mesmo motivo que eu entenda muita gente. Porque eu não sei colocar as pessoas nos seus lugares de inferiores a mim, que é o que as pessoas super seguras e/ou dissimuladas sabem fazer, mas eu sei entender que as outras pessoas precisam (assim mesmo) fazer isso às vezes.

No fim das contas, o que eu sei de verdade fazer é dizer aos meus amigos mais amados que eles são os meus amigos mais amados, cada um por nã0 saber o que não sabe e saber o que sabe. Porque eu sei que, bem lá no fundo, quando eu falo as coisas que não devo e penso do jeito que eu penso e meto os pés pelas mãos, é quando também eles me amam mais! Porque eles não dizem do jeito que eu digo, mas também não sabem disfarçar ;)

02 maio 2008

me? crazy? said who?

I tought that, after being so deeply deluded with my last relationship (? - after some things, I ended up not knowing what to call a relationship), I'd be a convinced unbeliever when it came to love (or any of the not so great feelings we sometimes call love lead by stupidity), creating obstacles for people to get close. Life's full of surprises, though, and I found myself envolved in a love-like atmosphere right after I reached the wonderful stage of looking at what had passed as it was a long, long time ago.

It felt ok, at first, cause I had the feeling that nothing could ever be as painful as what I had gone trough and, worse than that, I thought I'd never be cought again (fool me). Just as if I could actually be Wonder Woman!

It's an actual pain in the ass to think as much as I do, getting to conclusions that were never considered before and that are, most of the time, wrong and, if I see myself doing it (which is one of the mistakes I make more frequently), I block not only my thoughts and feelings but also whatever tries to reach me.

Well, there's this guy who seems to be very transparent, who will not let me be in doubt (not even if I want to) because he says everything, asks about everything, weights everything in an almost annoying frequence... While I'm trying to get what the new sensations are, he's already asking me questions about how I feel, willing to know things I don't know myself... What he doesn't know is that I know very little about these things and I deceit myself very easily, because I'm silly and I let the most unbelievable thoughts live in my mind.

Going back to the guy's transparency, I find it very easy to get used to it, because knowing what's going on is very comfortable and comfortable is good! On the other hand, whatever happens and is not talked over, makes me feel insecure. I mean, how come something is different and nobody mentioned anything about it? It sounds really stupid, now that I'm writing, but it makes sense somehow.

I'm getting really sleepy now and I'm probably not able to explain what I've been trying to say, so I'm not gonna try now, specially because it's not being understood that counts.