24 fevereiro 2008

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Essa coisa de amizade é doida demais pra mim. Eu fico redescobrindo o que é isso de várias formas e por diversos(as) amigos(as).

Eu ando meio doida ultimamente - o que não é novo pra quem convive comigo, mas é novo pra mim! É horrível finalmente perceber que meti os pés pelas mãos definitivamente. As únicas coisas boas dessa minha confusão são a certeza de que é sempre possível achar um "bom amigo" pra tomar uma cerveja e o entendimento a que finalmente cheguei de que não se constrói um amigo como fosse um bonequinho de lego. Não que eu achasse isso possível, mas é como se isso assim se tivesse (des)configurado pra mim.

Agora já me parece tão idiota perceber que as amizades são construídas lenta e conjuntamente por, ao menos, duas pessoas, que dá até vontade de bater a cabeça contra a parede... Coisa besta querer mudar um amigo!!! Um amigo que só se tornou amigo sendo quem é e fazendo o que faz e dizendo o que diz... Porque a gente tem aqueles amigos que sempre dizem como a gente tá bonita (adooooro) e tem aqueles que sempre nos mostram onde foi que a gente errou e tem aqueles que não podem faltar numa baladinha e tem aqueles que a gente chama pra estudar latim junto e os que fazem questão de palpitar mesmo que a gente não pergunte, os que precisam que a gente diga que ama, os de quem a gente faz questão de ganhar um beijo no aniversário e tantos outros amigos que não dá pra classificar...

O fato é que eu quis achar que um meu amigo já "não servia mais" e esse foi o pensamento mais burro que eu já tive (e eu já tive vários, acreditem!). Pensando friamente, eu não sei porque eu deixaria de ser amiga de alguém com quem só faço me divertir (no mercado, em casa, nos barezinhos, na praça do côco, na cama, no telefone, no msn, no carro, no cinema, no restaurante, no café e em todo e qualquer outro lugar que a gente pudesse estar junto). Pensando menos friamente eu, certamente, conseguiria me prender a um "ótimo" motivo, mas seria apenas mais burro...

No entanto, difícil mesmo é perceber tudo isso e não saber o que fazer, porque falar talvez não adiante e fingir que nada aconteceu pode ser um pouco injusto e não dependeria só de mim.
Eu queria poder voltar no tempo pra simplesmente não fazer (não fazer diferente ou tentar de outra forma, apenas não interferir) e quem sabe não ter perdido momentos tão valiosos. Mas eu não posso voltar no tempo e eu não sei como faz pra recomeçar, embora tenha tentado fazê-lo de forma impensada (no sentido não-planejado positivo) e mal-sucedida. Talvez se eu esquecesse - e todo o mundo esquecesse também - eu poderia chamar pra conversar sem sentir que estou incomodando e poderia pedir um beijo sem achar que é pedir demais e poderia passear de mãos dadas sem peso na consciência porque sei que um amigo é um amigo como aconteceu de ele ser e como aconteceu de a gente se "amigar".

Eu sei que estou em dívida com esse meu amigão e espero que ele entenda e perdôe e esqueça disso tudo e lembre de como era muito mais legal quando eu não tinha resolvido colocar regras na nossa amizade; e me dê a chance de quebrar todas essas regras tolas tanto quanto eu possa e que quebre, ele mesmo, outras regras, que já se mostraram nada menos tolas e tão divertidas de serem quebradas ;)



3 comentários:

  1. é por isto quem manda nesta nossa amizade sou eu!
    e escuta destes exemplos todos, q tipo de amiga eu sou?
    (or something less selfish than that)
    não sei se te consola, mas vc ja tentou fazer de um tudo com nossa amizade e eu estou aqui...
    te amando (L)

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  2. Vixi, até voltei no texto pra te responder e, não que tenha me surpreendido, você é um pouco de tudo e aquilo e do que ainda não foi dito, com certeza. Você é a irmã que eu escolhi ter (depois de outras tentativas, como vc mesma disse) e foi das escolhas mais acertadas que já fiz!
    Amo demais!

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