26 julho 2007

minha quase semana de férias

Depois de um post de sinuca em pleno Dia do Trabalho, fiquei envergonhada e sumi por esse par de meses, mas achei que os atuais acontecimentos eram dignos de serem compartilhados. Isso não quer dizer, de forma alguma que tenham sido bons, mas já podem ser motivo de riso ;)

Tudo começou com uma notícia potencialmente boa: fui chamada pra dar uma aula teste num cursinho no centro desta belíssima e organizada cidade de Campinas. (êêêêê) Fui, parei o carro numa vaguinha que se liberou especialmente pra mim enquanto dava a volta no quarteirão, e respirei fundo. O teste que começava às duas, mal sabia eu, acabaria depois das quatro – e foi esse o meu azar!

Dei uma aulinha demo de redação e depois, com muito custo, uma aulinha demo de inglês em português, escrevendo inglês na lousa, falando português simultaneamente (nunca pensei que fosse tão difícil ser professora de cursinho). Já pronta para a entrevista, sento-me, muito relaxada. E a primeira pergunta veio: “Você tem um corsa azulzinho?” Gente do céu! Vocês percebem a não ligação disso com inglês? Eu fiquei tão sem saber o que fazer que mandei a Mazu correr lá pra gritar pro moço do guincho parar, que o carro tinha dono sim e poderia ser reestacionado rapidamente! (Sentiram o susto?!)

Bom, liguei lá no pátio, tentei convencer o cara de que se meu carro sequer tinha entrado ali, podia nem entrar e eu chegava junto com o moço do guincho pra pegá-lo e ninguém precisaria saber de nada... Imaginem vocês se sem o apoio de material visual eu consegui persuadi-lo de alguma coisa. Claro que NÃO! Não bastasse isso, ainda disse que não adiantava encerrar minha segunda-feira no pátio porque o horário para a retirada já estava encerrado, naquele mesmo momento, às 4h30 da tarde!!! Só banco vence deles!

Voltei pra casa indignada e de ônibus! Pensava na desgraça que é parar na esquina e não ver a maldita placa! Quem já viu placa sair da parede?! É um absurdo!!! Eu paro o carro sempre muito atenta às placas, mas, como estou lá dentro, sem visão, procuro os postinhos das placas, lógico. Enfim, foi isso.

Na terça, com esperança renovada e em companhia de (e de carona com) Lulu - Luciana Pacheco pra quem não sabe – fui ao pátio. Estava, apesar do transtorno, feliz por saber que poderia voltar logo pra casa e me entregar às milhares de listas de latim que tinha para corrigir.

O moço da portaria pediu, naturalmente, meu documento e o documento do carro. E a segunda bomba veio: o Sr. meu pai é que deveria retirar o carro, uma vez que o documento está em seu nome. Quase chorei, de verdade! Meus olhos desesperados encheram-se de lágrimas. Mas fui forte! Segurei o choro e expliquei calmamente que papai mora em São Paulo e, pior, que trabalha em Minas Gerais, onde deveria estar naquele momento mesmo em que conversávamos.

Como “pra tudo nessa vida tem jeito, só não tem jeito pra morte”, pude, às 9h30 da manhã, ligar pra ele do meu celular (adoro fazer ligações interestaduais do celular, acho super econômico) e pedir que fizesse uma procuração com firma reconhecida como verdadeira e não semelhante (ou seja, ele teve que abrir firma lá em MG), voltasse pro escritório e escaneasse e mandasse por e-mail. Papai adorou esse carinhoso contato matinal e fez tudo assim que chegou ao escritório, às 14h, porque ainda estava no aeroporto quando liguei.

O lado bom disso tudo, é que passei um dia bundando no Campinas Shopping – que era o lugar semi-familiar mais próximo - com uma grande amiga e pudemos até inventar assunto pra colocar em dia. Isso porque no 3º. dia do mês poucas pessoas já receberam o seu salário e eu não faço parte dessa nata felizarda. Portanto, passei vontade um dia todo no shopping.

No meio da tarde pude, então, pegar o corsa azulzinho (ofende, né? A cor é azul íris!), mas não sem antes fingir que o extintor de incêndio do carro da Lu era meu, já que este estava vencido. Cansada dessa lenga-lenga, vou direto pra casa, embora tivesse que passar pela casa da Lu. Resolvi que passaria depois; estava exausta!

Quem conhece meu carro sabe que esse adesivinho é dele e que a jaqueta (é assim que escreve jacket?) da Hard Rock mora aí mesmo. E pode, agora, ver que beleza de escrito que o pátio fez...






Já sentindo o meu sofá me chamando pra uns 15 minutinhos de conversa, na altura da Escola do Sítio, um bastardo me lança um OVNI no pára-brisa do carro! Gente, que susto! Eu dei aquela piscada de olho demorada (considerando-se a alta velocidade) e, quando abri os olhos, olhei pro retrovisor e vi tudo escuro. Pensei que o pior pudesse estar acontecendo... Mas não, o tal objeto tinha se lançado com tanta força que mexeu o espelho e eu estava vendo o teto do carro (ufa!).




Resumo: duas teias de aranha no vidro até a manhã seguinte, quando o pessoal do seguro viria trocar o pára-brisa. Depois da troca, tudo o que tive que fazer foi esperar apenas quatro horas para poder andar com o carro novamente e perceber que a quarta-feira também tinha ido embora (êêêêê).

Gostaria que percebessem que sou ótima fotógrafa e que NÃO faço careta para tirar fotos, ok? É muito importante pra mim que meu talento seja notado...



O resultado daqueles testes? Bem, fui convocada pra uma capacitação semestre que vem. Ou seja, né? Acho que, enfim, o vidro novo tá bem limpinho e firme e nem só de postes saem as placas!

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